Comemora-se anualmente no dia 6 de abril, o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz. A data tem como objetivo celebrar o potencial do esporte para a educação e formação cívica dos cidadãos. Além disso, comemora-se sua capacidade de quebrar barreiras linguísticas e culturais, incentivando a paz.
No atual cenário, devemos frisar ainda mais a ideia de que a paz é sempre o melhor caminho para a convivência entre povos. Neste dia tão especial, vamos relembrar, brevemente, alguns momentos em que o esporte ajudou a pregar a paz.
O Rugby de Mandela quebrou as barreiras do Apartheid
Após quase 50 anos submersa no Apartheid (1948–1994) – regime que permitiu que a minoria branca se mantivesse no poder e isolasse as outras etnias da vida política do país – a África do Sul se viu unida novamente por ocasião de um evento esportivo: a Copa do Mundo de Rugby. O país foi responsável por sediar o principal torneio de rugby do mundo, apenas um ano após a eleição de Nelson Mandela como presidente.
Na época, o preconceito entre brancos e negros ainda predominava nas ruas e havia até mesmo a tensão de que, a qualquer momento, uma guerra racial pudesse acontecer. Mandela viu, então, a oportunidade de unir a nação inteira através um dos esportes mais praticados no país.
Seu instrumento para alcançar a paz foi a seleção de rugby. O time que disputaria a Copa do Mundo era formado, somente, por jogadores brancos, mas teve a adição de um jogador negro. Este fato ajudou Mandela a trazer todas as raças unidas na torcida pela equipe nacional. O resultado foi o histórico título inédito do torneio. A história inspirou o filme “Invictus” (2008). Vale a pena assistir!
O dia em que o Santos de Pelé parou uma guerra
Conta a história que, no dia 4 de fevereiro de 1969, o time de Pelé alcançou um dos seus maiores feitos, dessa vez, fora do campo. O Rei do Futebol foi responsável por parar uma guerra na Nigéria, ao jogar um amistoso em Benin City. Na época, o país africano estava no meio de uma guerra civil, iniciada em maio de 1967, quando a região do Biafra, no sudeste da nação, se emancipou.
Na época, a comoção foi tamanha, que artistas como Joan Baez, Jimi Hendrix e John Lennon, autoridades como o Papa Paulo VI e organizações como a ONU tentaram conter o conflito. Sem sucesso.
Quis o destino que fosse o Rei do Futebol o responsável pelo cessar da guerra. Na história que os jogadores santistas relatam, o governo nigeriano decretou um cessar-fogo para que eles pudessem se deslocar do hotel para o estádio Ogbe em segurança e depois retornar ao local onde estavam hospedados.
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